CBF aumenta cotas da Série D e investimento na competição chega a R$ 130 milhões em 2025.
Com reajuste nas premiações e ampliação do suporte logístico, a entidade nacional aposta na valorização da quarta divisão nacional, que contará com Santa Cruz e Central como representantes de Pernambuco.
A Série D do Campeonato Brasileiro chega à edição de 2025 com um fôlego financeiro maior. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, durante o conselho técnico da competição realizado por videoconferência no dia 11 de abril, um reajuste nas cotas de participação. Os 64 clubes participantes da fase de grupos receberão R$ 450 mil cada — valor 12,5% superior aos R$ 400 mil pagos em 2024.
O aumento reflete diretamente no investimento total da CBF apenas na fase classificatória, que será de R$ 28,8 milhões. Em comparação com os R$ 25,6 milhões aplicados na temporada anterior, a alta é de R$ 3,2 milhões. O campeonato terá início no dia 19 de abril e a fase de grupos segue até o dia 27 de julho, com 14 rodadas e 448 jogos.
A fórmula da competição permanece a mesma, com oito grupos de oito clubes na primeira fase e os quatro melhores de cada chave avançando para os mata-matas. A partir de agosto, 32 times disputarão cinco fases eliminatórias até a grande decisão em outubro. Em cada uma dessas etapas, os clubes classificados receberão R$ 170 mil. Já na final, os dois clubes finalistas serão premiados com R$ 250 mil cada.
No total, o clube que conquistar o título da Série D embolsará R$ 1,38 milhão — R$ 180 mil a mais do que o Retrô, campeão de 2024, recebeu. A alta representa um crescimento de 15% no prêmio final.
• Investimento histórico
Considerando todas as etapas da competição, o repasse em cotas da CBF atingirá R$ 40 milhões em 2025, superando os R$ 35 milhões do ano anterior. A alta absoluta é de 14,2%. Mas o investimento total vai além: incluindo o custeio das delegações, a CBF destinará R$ 130 milhões à competição — R$ 20 milhões a mais do que os R$ 110 milhões aplicados em 2024.
Esse suporte cobre despesas de logística para até 32 integrantes por delegação, incluindo passagens aéreas e terrestres, hospedagem, alimentação, além dos custos com arbitragem e controle antidoping. A CBF reafirma, assim, o compromisso com o fortalecimento do futebol de base e com clubes de menor expressão nacional.
A reunião que definiu as novidades contou com a presença física de apenas dois presidentes de federações: Evandro Carvalho (Pernambuco) e Mauro Carmélio (Ceará), ambos alinhados à gestão de Ednaldo Rodrigues. Os demais dirigentes participaram remotamente.
• Pernambuco com presença garantida
Pernambuco será representado na Série D deste ano por Santa Cruz e Central. Já as vagas do estado para 2026 também estão definidas: Santa Cruz e Maguary. Caso o Tricolor do Arruda conquiste o acesso à Série C em 2025, a vaga herdada será repassada ao Decisão, de Sertânia.
A expectativa é que, com o aumento de recursos e a manutenção da estrutura de competição, a Série D siga atraindo atenção de torcedores, patrocinadores e clubes tradicionais que buscam a retomada de um caminho mais sólido no futebol nacional.
• Evolução das cotas da Série D (2022–2025)
• 2025
1ª fase: R$ 450 mil (64 clubes)
2ª a 5ª fase: R$ 170 mil por clube
Final: R$ 250 mil por finalista
Receita total: R$ 39,5 milhões (com previsão de detalhamento de mais R$ 500 mil)
• 2024
1ª fase: R$ 400 mil
2ª a 5ª fase: R$ 150 mil
Final: R$ 200 mil
Receita total: R$ 35 milhões
• 2023
1ª fase: R$ 300 mil
2ª a 5ª fase: R$ 100 mil
Final: R$ 100 mil
Receita total: R$ 25,4 milhões
• 2022
1ª fase: R$ 120 mil
2ª fase: R$ 30 mil
Final: R$ 500 mil (campeão) / R$ 300 mil (vice)
Receita total: R$ 9,44 milhões
✍️ • Heitor Albuquerque.
Comentários
Postar um comentário