Genilson se despede do Santa Cruz sem reestrear em meio à transição para SAF e proibição da CBF trava transmissões da Série D.



CBF proíbe transmissões da Série D e gera indignação

Enquanto isso, fora das quatro linhas, um novo obstáculo surge, agora imposto pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A entidade proibiu qualquer tipo de transmissão dos jogos da Série D por parte dos clubes — inclusive em seus próprios canais oficiais. A medida, que vem gerando forte reação entre torcedores, dirigentes e produtores de conteúdo, ocorre justamente às vésperas da primeira rodada da competição.

A CBF já havia proibido acordos diretos entre clubes e plataformas independentes, como o Canal GOAT, que transmitiu diversas partidas no último ano. Agora, vai além: nem mesmo as transmissões realizadas nos canais oficiais dos clubes — como YouTube e redes sociais — estão autorizadas. A justificativa da entidade é de que apenas emissoras públicas teriam o direito de veicular imagens dos jogos, embora isso não esteja sendo executado de forma clara ou democrática.



Com isso, a estreia do Santa Cruz na Série D acontecerá às cegas para o torcedor, sem qualquer opção de transmissão por vídeo. A decisão levanta sérias dúvidas sobre o interesse da CBF em promover a quarta divisão do futebol nacional e valorizar a base do esporte. Para muitos, trata-se de um retrocesso que fere diretamente a visibilidade de clubes tradicionais e a conexão com suas torcidas.



O momento é, portanto, de reconstrução e também de resistência. O Santa Cruz, mesmo diante dos desafios estruturais e institucionais, busca se reorganizar e fortalecer sua identidade — dentro de um cenário nacional que parece insistir em apagar os clubes que sustentam o futebol além do eixo.


O fim de um ciclo.



O Santa Cruz vive dias de intensas mudanças dentro e fora de campo. Em meio ao processo de transição para a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a tentativa de reestruturar o clube em todas as esferas, mais um nome se despede do Arruda. Trata-se do zagueiro Genilson, que havia retornado ao Tricolor para sua segunda passagem, mas que infelizmente deixa o clube sem sequer reestrear.

A trajetória de Genilson nesta volta ao Santa foi interrompida de forma abrupta por conta de uma grave lesão no tendão de Aquiles, sofrida ainda na fase inicial da pré-temporada. Contratado com a missão de ser uma das lideranças da zaga coral, ele viu seus planos ruírem antes mesmo de vestir novamente a camisa em um jogo oficial.

Desde então, o foco do jogador foi totalmente voltado para a recuperação física. No entanto, com o novo modelo de gestão do Santa Cruz — já sob diretrizes de uma SAF — e diante da longa previsão de retorno aos gramados, a diretoria optou por não manter o vínculo contratual com o atleta, em uma decisão difícil, mas alinhada à realidade financeira e estrutural que o clube precisa encarar.

A nova administração, comandada por Bruno Rodrigues, tem se esforçado para montar um elenco mais enxuto, competitivo e saudável fisicamente, sem abrir mão da responsabilidade financeira. Dentro desse contexto, a permanência de um jogador em longo processo de recuperação se tornou insustentável do ponto de vista prático, apesar do reconhecimento interno pelo profissionalismo e postura de Genilson.

Nas redes sociais, o zagueiro publicou uma mensagem emocionada de despedida, agradecendo ao clube e à torcida pelo carinho recebido, mesmo sem ter tido a oportunidade de entrar em campo nesta nova etapa.

Genilson deixa o Arruda com a reputação de um jogador comprometido e respeitado nos bastidores. Seu ciclo chega ao fim de forma melancólica, mas carrega a esperança de um recomeço promissor em sua carreira. Ao atleta, desejamos uma plena recuperação e sucesso nos próximos desafios.


✍️ • Criada por Heitor Albuquerque.

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