Empate amargo em Natal e promessa de salvação no ataque
Sol escaldante e futebol arrastado
Em uma tarde de sol escaldante e futebol arrastado, o Santa Cruz desperdiçou a chance de abrir vantagem no topo do Grupo A3 da Série D. O empate sem gols diante do Santa Cruz de Natal, neste domingo, deixou um gosto amargo na boca do torcedor coral — não só pelo placar, mas pela forma como o time atuou em campo.
Torcida presente, time apagado
Mesmo fora de casa, o Tricolor contou com o apoio maciço da sua torcida, que lotou o setor visitante e, por muitos momentos, fez parecer que o jogo era no Arruda. A festa nas arquibancadas, no entanto, contrastou com a apatia dentro das quatro linhas.
Campo vergonhoso e escalação travada
O gramado do estádio potiguar era digno de denúncia. Mais parecia um pasto do que um campo de futebol profissional. Para completar, a partida foi marcada para às 15h, sob um calor de rachar, dificultando qualquer tentativa de um jogo mais técnico. Ainda assim, o Santa tentou se impor. Teve a bola, comandou as ações, mas esbarrou — mais uma vez — na inoperância ofensiva.
Marcelo Cabo optou por uma formação com três zagueiros e três volantes, o que garantiu solidez defensiva, mas engessou o meio-campo. O time não arriscou de longe, não conseguiu infiltrar, e pouco ameaçou o goleiro adversário. Faltou ousadia. Faltou agressividade. Faltou futebol.
Reclamações e justificativas
Na coletiva, o treinador criticou o horário da partida e o estado do gramado, com razão. Mas também defendeu suas escolhas táticas — algo que nem todo torcedor vai engolir fácil. Porque se o campo era ruim para um lado, era para o outro também. E o time potiguar, limitado tecnicamente, chegou até a assustar em alguns momentos.
Defesa sólida, ataque em dívida
Apesar do tropeço, o Santa segue líder do Grupo A3, agora com sete pontos e ainda invicto. A defesa vai bem. Mas o ataque segue devendo — e muito. O setor ofensivo precisa urgentemente de peças novas, e a diretoria sabe disso.
Reforços a caminho
Nos bastidores, há a promessa de reforços: um lateral-esquerdo, um meia criativo e, principalmente, um centroavante com faro de gol. Um nome de peso pode ser anunciado ainda esta semana, com status de titular e a missão clara de resolver a carência ofensiva que incomoda tanto a torcida quanto a comissão técnica.
O próximo jogo é no fim de semana. E o recado está dado: se quiser brigar pelo acesso, o Santa precisa mais do que posse de bola. Precisa transformar domínio em vitória. E, acima de tudo, precisa voltar a ser letal.
Por Heitor Albuquerque
"É tradição, não é moda"
Comentários
Postar um comentário